Na primeira parte deste texto,
expliquei que a razão do enorme sofrimento que Jesus teve que passar para nos
dar a salvação pode-se resumir em duas palavras: pecado e justiça. Mencionei
também que essas duas palavras estão cada vez mais sendo ignoradas pelos
líderes nestes últimos dias. As celebridades recebem aprovação e gargalhadas
dos seus fiéis admiradores através das suas piadas, gracejos, e mensagens de
paz, paz, quando não há paz (Jr 6:14). Pecado e justiça são temas irrelevantes
para aqueles que se opõe ao caminho da cruz. Oferecem em seu lugar uma estrada
larga e uma porta espaçosa.
Ao ver a cidade naquele estado,
movido pela triste realidade em que o ser humano se encontrava e se encontra
até hoje: Jesus chorou.
Mas o nosso querido Salvador não
foi um homem de gargalhadas, mas de dores (Is 53:3). Já se aproximava o fim do
seu ministério aqui na terra, quando Jesus, descendo do Monte das Oliveiras
observou os moradores de Jerusalém perdidos nos seus afazeres. Jesus viu não
apenas a situação em que se encontravam; não apenas as suas lutas e
preocupações do dia a dia, mas foi mais além; Jesus viu o desespero em que a
grande maioria deles se encontrará quando chegar o dia em que todos nós
estaremos diante do grande trono branco, cara a cara com o Deus da justiça (Ap
20:11-12); quando os livros serão abertos e os amantes deste mundo e seus
líderes receberão a pena por terem rejeitado o caminho de Cristo. Ao ver a
cidade naquele estado, movido pela triste realidade em que o ser humano se
encontrava e se encontra até hoje: Jesus chorou (Lc 19:41).
A minha e a sua salvação está
diretamente ligada a estes dois pontos: pecado e justiça. É bem simples. A
perfeita justiça de Deus exige que o pecado seja pago com a morte do pecador
(Ro 6:23; Ez 18:20). Aceito o caminho de Jesus e ele paga com a Sua morte no
meu lugar me dando a vida eterna, ou rejeito o caminho de Jesus e eu mesmo pago
com a minha morte eterna (Jo 3:36). Conforme explicado no texto anterior, vida eterna
é a contínua presença de Deus enquanto morte eterna é o Seu completo abandono.
Não existe maior sofrimento no universo do que estar completamente isolado do
Pai. No Calvário, Jesus passou por essa experiência: “Meu Deus! Meu Deus! Por
que me abandonaste? ” (Mt 27:46; Gl 3:13-15).
Homem de Dores, Jesus sofreu para
nos dar o caminho (Jo 14:6). O caminho de Jesus é o caminho da cruz. O caminho
onde negamos a nós mesmos tudo aquilo que o mundo oferece (Mt 16:24). Não é
possível seguir a Jesus a menos que estejamos dispostos a sacrificar o nosso
eu, se esvaziando do mundo e se alimentando somente da carne e do sangue de
Cristo; tornando-se assim um com Ele (Jo 6:56).
Meu irmão, não me entenda mal,
não existe ninguém mais feliz nesta terra do que a pessoa que aceita o caminho
de Cristo. Mas a felicidade que experimentamos nesse caminho tem como fonte não
os prazeres do mundo atual, mas sim a presença do Pai em Jesus (Jo 14:23).
Somente em Jesus saciamos a nossa sede, satisfazemos a nossa fome, e nos sentimos
completos (Jo 6:35).
Espero te ver no céu.
Por Markus DaSilva, Th.D.